terça-feira, 16 de dezembro de 2008

A estrada vai além do que se vê.


Em dois mil e seis, sabe-se lá o porquê, essas sete pessoas completamente diferentes resolveram se juntar. Hoje, dois anos depois, tenho em mim um pouco de cada um. Aquilo que durou um ano eu ainda tenho guardado. Amo vocês. ♥

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Hoje foi meu último dia de terceiro ano, devido à enorme bagunça que fizemos na escola, realmente acabaram com aquilo, a aula de amanhã foi cancelada. Depois do segundo horário, descemos todos com apitos, depois de foguetes, gritos, e muito peido alemão. Lá embaixo começaram a jogar tinta, água, nos rabiscar... então começaram a soltar os bichos: rato, galinha, galo, peru, porco... e em meio a fumaça, bombas, gritos, tentativas de invasão e pânico, destruiram a escola. E quando digo destruiram é no sentido literal, vandalismo mesmo. Último ano na escola, último dia todos juntos, último dia da escola cheia, não poderíamos passar por isso sem fazer nada. Sim, é infantil. Mas só quem passa por isso sabe como é. Tenho 17 anos, não venha me exigir maturidade até ano que vem, pelo menos!
Agora percebi o quanto vou sentir saudades daquilo tudo. Reclamei muito daquela escola e daquelas pessoas. Mas descobri que eu aprendi a gostar disso tudo. Aquele colégio, apesar de todos os defeitos, tem algumas das melhores pessoas que já conheci. E embora eu não tenha sido das mais bem acolhidas naquele lugar e tenha passado um ano me sentindo deslocada e morrendo de saudades das minhas amigas, as pessoas que lá estudam são uma gracinha. Claro que existe quem seja insuportável, mas é minoria. Aprendi muito esse ano. E só por causa de pessoas que já foram o motivo de eu fechar a cara quando ia pra escola. O terceiro G, antes a sala mais fragmentada daquela escola, antes dividida por um muro, foi nesse fim de ano motivo de muitas risadas. Lá estavam algumas das melhores pessoas que já conheci. Pessoas que farão uma enorme falta nas minhas próximas manhãs. O consolo é que se todos passarmos para a segunda etapa, pelo menos no corredor, iremos nos encontrar. Aos meus colegas que nunca irão ler isso, todo o meu carinho, de longe. <3

domingo, 23 de novembro de 2008

Comprovei minha tese de que você não precisa se matar de estudar e nem esquecer que vida social existe, em ano de vestibular, com meu resultado da puc. Recusei-me a estudar em todos os simulados da escola, minha maior nota foi 59 em 64. Muitos que tiravam bem mais que eu, na prova da puc, que estava ridícula, ficaram com menos ou, no máximo, três pontos a mais que eu. Losers! :)
Agora tenho que estudar nessas últimas semanas pra garantir minha vaguinha na ufmg. Depois de toda uma vida sendo nerd, eu mereço. A maioria só começou a pegar num livro no terceiro ano ou, quando muito, no segundo ou primeiro. Desde pequena eu quase morria quando não conseguia fazer uma questão ou quando um trabalho não ficava como eu esperava, até trabalho de cursinho de inglês!



Pelo menos pensando nisso eu esqueço outras coisas bem humilhantes da semana passada. Pra eu não esquecer: nunca, nunca mesmo, escolha o piorzinho achando que vai ser mais fácil. Se não der certo, melhor que seja com algo bom e difícil, é menos humilhante, hahahaha.

domingo, 5 de outubro de 2008

Nesta semana matarei todos os aprofundamentos de terça e quarta e passarei toda a tarde da segunda na UFMG, pra palestras sobre 1968. Foda-se a prova de segunda à noite, foda-se as maravilhosas aulas do pinta que irei perder e mesmo as de filosofia. Ui, que rebeldia! Agora vou voltar pro meu livro, odeio domingos.

sábado, 30 de agosto de 2008

Uma das melhores semanas do ano. Ontem o dia passou tão rápido... quando vi já eram 22hrs, eu estava morta e desesperada por um banho. Amanhã ainda tem o enem, eu e primo no mesmo prédio. Oun. <3

domingo, 24 de agosto de 2008

A little bit Collin

Estava lendo uns diários antigos hoje, bem antigos, na verdade, de quando eu estava na terceira e quarta séries, é engraçado ver como continuamos a mesma coisa. Me lembrei de tanta coisa hoje... a lembrança mais antiga que tenho é de Brasília, acho que é a mais antiga porque morei lá quando tinha uns três anos. É de quando ganhei uma vassourinha de uma vizinha. Eu estava brincando de casinha com minha babá, numa espécie de cabana coberta por uma trepadeira rosa, que tinha no meu condomínio, ou que pelo menos eu acho que tinha, e essa tal vizinha que nem ao menos me recordo do rosto me deu a vassourinha. Lembro também de ver os meninos mais velhos andando de patins na quadra. Do parquinho, onde eu brincava com areia e de uma espécie de banca que vendia leite. O que é verdade de fato não sei. Lembro quando estava de férias, aqui em BH, na casa da minha avó, de quando tirei uma foto. Eu de banho tomado, com uma roupa vermelha e amarela, o cabelo penteadinho, em frente à sala de jogos, a dona Vera ao lado da minha avó, falando alguma coisa e rindo, como sempre. Acho que não tenho nenhuma foto com a dona Vera. Ela veio aqui em casa há alguns anos, dela nunca vou me esquecer. Ela me dava o almoço na boca, quando eu era pequena, contando histórias, eu adorava as histórias da dona Vera. Ela fazia penteados em mim enquanto eu via televisão, antes de ir pra escola. E ficava comigo e minha irmã na porta, durante o mês em que fomos de escolar pra escola. Essas são minhas lembranças mais antigas, eu costumava ter uma boa memória, não a tenho mais. Tenho um álbum que nunca usei, enorme, ganhei quando fiz quinze anos de uma funcionária da minha mãe. Assim que tiver tempo vou revelar um monte de fotos dos últimos anos, não quero me esquecer deles.

sábado, 23 de agosto de 2008

... o coração não sente.

Há meses meu last.fm não é atualizado, a última vez deve ter sido ano passado. É engraçado como as coisas mudam em tão pouco tempo e o que o último dos melhores anos da nossa vida, como todos insistem em dizer, pode fazer. Eu definitivamente mudei muito, apesar de que algumas coisas, como meu amor por advérbios e hipérboles, sejam eternas. Não tem um só dia que eu não deseje voltar pra fevereiro e fazer tudo diferente. Acho que perdi o foco há um tempão, o problema é que agora é tarde. Queria que tudo fosse como há dois anos. Eu era feliz. Não que minha vida tenha se tormado uma merda e que eu esteja à beira da depressão. Mas eu tinha tudo o que precisava e só aquilo, nenhuma preocupação, nenhuma obrigação, tudo o que tinha em mente era o que fazer na próxima sexta ou pra onde ir depois da prova de sábado. Contava os dias pra dezembro, quando todos os dias seriam sexta. Agora prefiro ignorar as contagens que a Marcinha faz, tudo o que não quero é que o ano letivo acabe. Não é pânico de vestibular e nem síndrome de Peter Pan. Eu só não queria que as coisas mudassem tanto e tão rápido. Parece que quanto mais o tempo passa, mais elas mudam. Parece que isso é cada vez mais inevitável. A distância de dois mil e seis não é só temporal. O rio é sempre o mesmo, nós também. Queria não ter passado a enxergar. (Talvez isso seja um efeito colateral da overdose de Everwood.)

Everwood


Meu novo vício. Não sei como passei todo esse tempo achando Everwood horrível por ser dramático demais. Dramático demais é ter que deixar de ver Everwood a tarde inteira pra redigir minhas redações atrasadas.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

E eu com isso?

Depois de tempos sem postar, não por falta de vontade, várias vezes tentei escrever algo decente, mas não saía nada, estou de volta. Agora meu tempo está dividido com o "E eu com isso?", uma espécie de jornal, idealizado pela malidax, cuja primeira edição, anônima e ilegal entrou pro "sistema" logo depois do primeiro horário da terça (foi colado no mural do terceiro ano segunda à noite, após a prova, umas 21hrs), depois da adesão do pessoal de letras e minha, afinal colaborei na primeira edição com um desenho e apoio moral, a segunda edição já está sendo preparada. Tema: eleições. E uma entrevista com o Carlão, um dos melhores professores de história daquela escola, talvez o melhor que já tive. A entrevista foi ótima, vou postá-la aqui, mas depois. Estou morrendo de sono. A propósito, acabei de me inscrever pro concurso de vestibular da UFMG, agora concorro com mais uns vinte pra uma vaga no curso de direito, diurno, wish me luck.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

(não) Esquecimento

Sexta: Plantão de história da África, ou seja, ficar na escola até 17:40; poker na casa da nunna.
Sábado: Francês, festa junina do Santa Marcelina e festa da Sofia.
Domingo: almoço, família... o de sempre.
Segunda: prova de história aberta e física fechada.
Faltou só o tempo pra estudar para as provas.

Aproveitando a data, alguns sites que copiei de uma revista mês passado, numa das quartas que fico cinqüenta minutos fazendo nada, sozinha, na biblioteca, esperando o laboratório da minha irmã acabar. www.socioambiental.org, www.oeco.com.br, http://verbeat.org/blogs/facaasuaparte, http://mudeomundo.com.br, http://esquecimentoglobal.blogspot.com, http://outraagricultura.blogspot.com, http://apocalipsemotorizado.net, www.ambientebrasil.com.br. Aproveitem!

sábado, 31 de maio de 2008

Hoje foi o último ensaio pra quadrilha, então tive que aparecer por lá e matar minha segunda aula de francês seguida, pelo menos pude dormir alguns minutos a mais. Eu não ficava tão cansada assim quando era pequena, o sedentarismo está acabando comigo. Queria ter ido ao show do João, só de pensar que eles podem estar tocando "Dancing with myself" uma hora dessas dá uma raiva de não estar lá... e ainda tenho que estudar, muito. Mas até agora só enrolação e mario world na internet.

sábado, 10 de maio de 2008


Images of broken light which dance before me like a millioneyes, they call me on and on across the universe.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Por que isso continua? Não teria acabado com aquele não?! Pra mim havia acabado, pra quê prolongar mais ainda isso? Tantas voltas pra chegar num looping. E então acabou, não é? Eu ali, sentada naquela cadeira, amarrada, trêmula. Acabou, não é? Não, o carrinho volta a andar, devagar, e eu ali, presa, querendo descer e ficar.

domingo, 4 de maio de 2008

Luísa diz:
por falar em estudar pra caralho
Luísa diz:
sexta que vem nós vamos sair
L. Gustavo 8- diz:
HAHAHAHAHAHHAHAHAHHAHAHAH ADOREIIIIIIIIIIII

segunda-feira, 28 de abril de 2008

what's best for everyone is bound to hurt somebody. what's best for everyone is killing me.

por Sofie.

eu nunca precisei de ninguem, no sentido vida/morte da coisa, sempre fui sozinha, sempre gostei de ser sozinha. é um alívio saber que por mais que tenha alguem sempre ao teu lado, você não depende daquilo. a última frase é uma mentira gigantesca que virou meu mantra desde a única vez que me entreguei de fato e as circunstâncias acabaram fodendo com tudo. nunca conseguiria passar por aquilo de novo.
desde então, eu sou outra pessoa. uma pessoa que se mantém à bons 100 metros além da linha de distância segura com qualquer pessoa que apareça na minha vida. de fato, é mais fácil. pessoas já me magoam demais assim, imagina só se eu fosse me entregar pra todo e qualquer mané que me aparece? todos eles foram amáveis e queridos e geniais e lindos, lindos, lindos. mas o tempo passa. relacionamentos começam baseados no desejo. uma vez que você consegue o que quer, fica ali conseguindo durante umas semanas, às vezes uns meses. aí isso passa. e aí? aí tudo depende das carências que um tem e o outro supre. nas vontades que um tem e o outro compartilha. sem contar que aí pode ser amanhã, e isso tudo mudar só porque sim. só porque você acordou um dia, olhou pro lado e o amor passou. a vontade de estar ao lado daquela pessoa morreu.
imagina só se eu fosse depositar todos meus sonhos e esperanças em outras pessoas. não iria mais sobrar coração pra quebrarem. fico aqui, sendo fria e distante. sendo o melhor que posso ser aqui do lado de dentro da minha redoma de vidro. aqui, onde no máximo você beija minha imagem, e alinha a mão com a minha. onde todo contato, por melhor intencionado que seja, é puramente imaginário. vamos brincar de acrediar que nos amamos. vamos brincar de deitar um na barriga do outro e rir durante horas sobre bobagens antes que a rotina mate o que temos. vamos admitir que bolhas de sabão ainda nos fascinam e limpar os dedos na camiseta até sermos obrigados a lembrar que somos adultos.
e a vida devia ter continuado assim, levemente melancólica mas cheia de auto-preservação. até que chegou um menino basante azarado e meio desastrado, tropeçou, quebrou o vidro e saiu correndo. desde então, passo meus dias correndo atrás dele. já cheguei perto o suficiente umas vezes. mas aí ele sai correndo de novo, e eu fico esperando ele voltar. espero, espero, espero. desisto de esperar, decido que a coisa sensata seria voltar pro meu canto, me convenço disso, e aí vou atrás dele de novo. e algo me diz que eu estou precisando dessas férias muito mais do que eu sabia.

(Zine Vanilli #22 - Maio de 2005)

segunda-feira, 21 de abril de 2008

A distância é algo maravilhoso, falam do tempo, e o que é o tempo senão a distância de dado fato? É a distância que nos permite a crítica, a veracidade e -o mais importante- o esquecimento. Esqueçam o esquecimento, ele nunca vai acontecer mesmo. Mas estar ciente do que se faz é ótimo, só de racionalizar já é perfeito, por quê? Você sabe a resposta dessa.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Carga de prova

Tudo me leva pra um lado. Justo aquele que eu quero ir, justo aquele que eu quero não querer ir. Sou mesmo bipolar, como diz o Guilherme. Um antagonismo . Maldita primeira lei de Newton.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Tenho que parar de sentir por dois. Tudo o que sinto não é só por mim, é por mim e pelo outro, já que o outro, qualquer que seja a palavra que você utilize para substituí-lo, não sentirá. Pela lógica, eu deveria me decepcionar em dobro, mas é o contrário que acontece. Sempre me senti uma idiota por perdoar o outro com facilidade. O outro não precisava se desculpar, já estava perdoado. Mas perdoado de quê? Eu nem ao menos via motivos pra ter que perdoar. Ainda bem que tenho aulas de literatura com a Márcia. O sentimento é meu, se o outro, no caso, não quer, e daí? É meu. Mas bem que eu ficaria grata se alguém pudesse levar metade.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Eu tenho o péssimo hábito de sair fuçando comunidades e lendo tópicos, hoje tive que me segurar pra não entrar numa comunidade (fashion-core) só pra discutir. Tive que me segurar porque o assunto já tinha mudado, não ia voltar na discussão. Primeiro: sou indiferente à rap, mano, Avril e playboy. Não gosto, mas não odeio, na mesma intensidade. Leiam, então, o que o Marcelo e a Kitty dizem: http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=16439848&tid=2580387289542391271&na=1&nst=1 . Eu realmente não acreditava que existiam pessoas com coragem de expor uma opnião dessas, vivo numa bolha mesmo, mas agora, aproveitando o que a malidax disse no teatro do primo dela, ploc! saí da bolha. Isso aqui vai continuar essa merda mesmo, e a tendência é piorar. Estereótipos são uma merda, os filhinhos-de-papai riquinhos que se envolvem em tudo quanto é tipo de bosta e aqueles caras de terno lá em Brasília devem adorar um rap.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Close

Se trancou naquele quarto pequeno e escuro, pegou o ipod e escutou a mesma música várias vezes, pra não esquecer. Até o sorriso ser arrancado e então... não esquecer o que mesmo? Esperou por isso tanto tempo que não tinha mais esperanças de que fosse mesmo acontecer. Com o tempo aprendeu, mesmo que inconscientemente, a ser menos intensa. Sem grandes pretenções, que venha o dia sete!

domingo, 27 de janeiro de 2008



Passei na UFMG, como treineira, oitavo lugar pra biblioteconomia e terceiro dos treineiros do curso. Não estudei e nem li o resumo dos livros, mesmo assim, não zerei a redação sobre o livro porque:

A) Interpretei muito bem o poema que nós deveríamos comparar com o conto;

B) Confirmei a teoria que defendi na redação, de que vivemos numa sociedade de aparências, na qual não basta saber e muitas vezes nem isso é preciso, apenas parecer;

Fico com a opção B. Enquanto eu escrevia tive que conter o riso, afinal, era EXATAMENTE isso que eu tentava fazer, parecer que tinha lido o livro. E os corretores podiam perceber e eu virar a piada da federal, mas pelo jeito, não foi o que aconteceu. É, acho que fiz a escolha certa, direito é mesmo meu curso.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Subjetivo

Abriu a porta de casa, jogou o casaco num canto qualquer, tudo o que desejava era deitar e não levantar tão cedo. Nem chegou a se atirar no sofá e teve que subir correndo as escadas, as janelas dos quartos estavam abertas e o vento forte fez duas portas baterem. Parou a porta do quarto da direita ao ouvir o barulho de vidro quebrando. Demorou algum tempo para abri-la, não queria ver aquela foto sob os cacos do porta-retrato, embora todos aqueles sorrisos e a união que aquela foto representava já estivessem quebrados, ela gostava de passar horas olhando-a, era como se esses últimos dois anos não tivessem existido, tudo era mais bonito, tudo era mais alegre. Então abriu, o porta-retrato estava inteiro, pelo jeito o vidro era mais resistente que aquilo que há dois anos ela jurava durar pra sempre. Dessa vez não demorou muito olhando a foto, nem sequer colocou o porta-retrato no lugar, deixou lá, desmontado, em cima da cama, e correu pra fechar a janela do outro quarto. Vendo suas fotos balançarem no painel por causa do vento, seus móbiles girando sem parar e ouvindo a janela de vidro bater inúmeras vezes, ela finalmente entendeu. O quê e o porquê ainda não sabe, talvez fosse o azul que saída da tv e coloria o quarto. Mas ela sorriu, voltou para o porta-retrato, era pra sempre.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

...

Cansei, preciso ir pro rio, logo. Só quero terminar de matar a saudade de algumas pessoas. Só algumas (bem poucas) pessoas me fazem querer ficar. Uma em especial me faz ficar desesperada pra dia vinte e cinco chegar, eu entrar no carro e ir embora. Não que eu não queira ir pra lá, não que eu não sinta falta da chaika e do koni, de andar na praia de noite, da lagoa, das livrarias, da toca do vinícius, do mam. Mas o principal motivo pra eu querer ir é estar longe. Eu não quero fugir de nada, na verdade é bem o contrário. Quero entender algumas coisas que estando aqui não vou entender, quero poder sair sem ter que encontrar pessoas que não ajudam em nada. Cansei de algumas, talvez eu tenha mudado muito e elas também. Cansei de incertezas, não quero que isso acabe como de costume, mas não sei o que fazer pra que isso mude. Talvez lá eu descubra.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Idiotice generalizada. Eu realmenta achava que idiotas seguindo modinhas era só até os quinze anos no máximo. Por favor, menos neon, você não tá legal, vai crescer.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Avesso

Nunca foi muito de ganhar, na verdade, sempre evitou competições, não muito pelo medo de perder, mas pelo medo de ganhar. Desde pequena achava que deveria preteger quem gostava e qualquer um que estivesse sofrendo. Sempre quis pegar as dores de todos, pra ver se esquecia-se das próprias. Nunca foi muito de mostrar o que sentia, fingia que não ligava, e pelo jeito passava bem essa impressão. Meteu-se em um monte de brigas por causa de suas convicções avessas. Brigava pelos outros. Até mesmo com os outros. Ela só queria o melhor, mas não percebia que causava justamente o oposto. Então percebeu. Percebeu o quão patética era. Queria mudar. Mas tinha medo de mudar. Tinha vergonha de mudar. Não mudou. Nem vai. Algumas coisas não mudam. Talvez seja melhor assim. Talvez deva ser assim. É bom pensar que sim.