sábado, 23 de agosto de 2008

... o coração não sente.

Há meses meu last.fm não é atualizado, a última vez deve ter sido ano passado. É engraçado como as coisas mudam em tão pouco tempo e o que o último dos melhores anos da nossa vida, como todos insistem em dizer, pode fazer. Eu definitivamente mudei muito, apesar de que algumas coisas, como meu amor por advérbios e hipérboles, sejam eternas. Não tem um só dia que eu não deseje voltar pra fevereiro e fazer tudo diferente. Acho que perdi o foco há um tempão, o problema é que agora é tarde. Queria que tudo fosse como há dois anos. Eu era feliz. Não que minha vida tenha se tormado uma merda e que eu esteja à beira da depressão. Mas eu tinha tudo o que precisava e só aquilo, nenhuma preocupação, nenhuma obrigação, tudo o que tinha em mente era o que fazer na próxima sexta ou pra onde ir depois da prova de sábado. Contava os dias pra dezembro, quando todos os dias seriam sexta. Agora prefiro ignorar as contagens que a Marcinha faz, tudo o que não quero é que o ano letivo acabe. Não é pânico de vestibular e nem síndrome de Peter Pan. Eu só não queria que as coisas mudassem tanto e tão rápido. Parece que quanto mais o tempo passa, mais elas mudam. Parece que isso é cada vez mais inevitável. A distância de dois mil e seis não é só temporal. O rio é sempre o mesmo, nós também. Queria não ter passado a enxergar. (Talvez isso seja um efeito colateral da overdose de Everwood.)