quarta-feira, 26 de maio de 2010

Descobri o que é "pra sempre"...

...e vou te contar, senta aí.

É o seguinte: fiz uma pesquisa cá com meus botões e descobri o que é. Descobri sim, verdade. Calma que já te conto. Primeiro temos que esclarecer umas coisas. Minha pesquisa é séria e, como toda pesquisa que se preze, possui um método. Analisei todas as minhas experiências que julguei serem perpétuas e não o foram e todas aquelas que estavam sendo até o presente momento. A partir disso, tentei distinguir o que não é pra sempre e então, tcharaaam, descobri o que é. Vamos aos dados, pra dar mais credibilidade, né? Um total de sete amizades que jurava serem eternas e um amor. Tá, não é tanta coisa assim, ainda mais considerando que seis das sete amizades é uma coisa só, mas o que posso fazer? Sou uma pessoa sensata e não saio por aí achando que qualquer coisa é eterna não, viu?
O que não é eterno: momentos bons, DEFINITIVAMENTE não. "Uma hora a casa cái, mermão" já diria um amigo e seja lá o que ele quer dizer com isso, uma coisa é fato: eles passam. Consequentemente os sorrisos também. A perfeição demora, mas quando você se der conta já estará reclamando com alguém do fulano. A amizade passa. BFF hoje, conhecidas amanhã. A presença cotidiana passa rapidinho e o sofrimento pela distância também. Resumindo: vocês não vão ser amigos pra sempre, não vão se amar pra sempre e não vão ficar juntos pra sempre. Mas isso nunca foi e nunca será pra sempre. Tá acompanhando? Nós é que somos materialistas e achamos que o pra sempre se refere à matéria. Mas nããão, o pra sempre, por ser um conceito absoluto, só existe no mundo das ideias. E distorcendo um pouco a noção de mundo das ideias, - mentira, distorcendo totalmente, Platão que me perdoe - é razoável pensar que o que é pra sempre são as ideias. Deixa eu te mostrar no que quero chegar: a sua amizade com fulano vai acabar, um dia. Mas a ideia que você tinha dela, não. Até a memória passa, você não se lembra exatamente de todos os momentos, mas tem alguma coisa, algo que vai além, que faz seu coração disparar, o sorriso ficar bobo no rosto durante horas e os olhos brilharem quando encontra um veeelho amigo. É a ideia, e, como já diria aquele meu amigo: a parada é meio loki, mas não rolô movimento antes dela não.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

And I want all the world to see we've met

Você não sabe o quão rápido meu coração bateu quando você me disse aquelas sete primeiras palavras. Você não sabe o quão difícil foi pra eu esboçar aquele sorriso. Você não sabe da luta pra virar meu rosto, estender minha mão e falar meu nome. Não, você não sabe. Se soubesse não teria feito tudo parecer tão bobo. Não foi assim, não pra mim. Você não sabe o que foi ter o coração na boca por quatro dias seguidos, você não sabe o quanto eu tremi e o tanto que te xinguei querendo xingar a mim mesma. Você não sabe quantos planos de adotar uma nova identidade eu fiz. Não, você não sabe. E você nem imagina a facilidade com a qual arrancou um sorriso com aquelas vinte e uma palavras. Não, você não imagina. Se imaginasse estaria ao meu lado agora.

Ou não.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Guess who's back?!

Voltei de verdade, com mais do que um poema copiado e colado ou um diálogo de duas frases reproduzido. Voltei porque há uns dias a Luíza redescobriu isso aqui, gostou e pediu pra eu voltar. Luíza, pra quem não sabe, já apareceu em muitos dos textos das páginas anteriores. Nesse mesmo dia, fui dormir às duas e pouco da manhã, depois de finalmente terminar de ler um texto chato pra caramba de pscicologia jurídica, e reler tudo que já escrevi. Adivinhem, gostei do que li. Não porque os textos sejam bons, confesso que a maioria não o é, mas porque gosto do que eu era. Nós nos esquecemos do que já fomos e de vez em quando é bom se lembrar. Sabe aquela sensação de ler diários antigos?! A vergonha, os arrependimentos e os inevitáveis "não acredito que eu era assim"? Pois é, eu gosto disso.

*

E a sessão nostalgia continua...
porque o assunto preferido desse blog sempre foi eles, e esse sempre será meu assunto preferido.

1 gostava de metal melódico, escrevia poesias e tocava teclado. 2 tinha uma namorada e hoje se contar ninguém acredita, porque ele namora um cara gato pra caralho. 3 era fã de oasis e tinha um all star azul claro com uma estrelinha amarela. 4 foi pro primeiro dia de aula na nova escola, seis meses antes, com uma blusa do linkin park e de cara escutou um "linkin park, que merda". 5 era uma patricinha típica, nike shox rosa no pé, maquiagem no rosto e axé na cabeça. 6 era uma velha, em todos os sentidos, e tinha (ainda tem) um namorado imaginário. 7 falava alto, usava um vans que na época não era surrado e escutava the donnas. Em comum só o fato de não se encaixarem naquela escola. Isso há quatro anos atrás. Aquele ano de 2006 provavelmente fora o mais intenso da vida de todos eles. E não é possível que eles tenham vivido tanto quanto naquele ano. Falo isso com toda a certeza do mundo porque eu estava lá. Sim, eu estava lá em 2006 e sei o quanto eles riram, o quanto eles conversaram, o quanto eles cantaram, o quanto eles andaram por aquelas ruas, o quanto eles foram feliz e sabiam. E só eu sei como 2007 foi um soco no estômago. Foi a ressaca daquilo que mais parecia um sonho. Puta que pariu, 2007 foi uma uma grande merda. Só eu sei o quanto nós aprendemos e crescemos e mudamos naquele ano. Só eu sei o quanto eu chorei naquela merda de ano. Só eu sei o quão triste era andar por aquelas ruas cada dia com menos pessoas. E só eu sei como aquilo que parecia ser tão forte e eterno é de fato tão forte e eterno, mesmo tendo acabado.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Eternal sunshine

- Se esqueceu de mim, gigante?
- Eu nunca vou me esquecer de você, pequeno.