sexta-feira, 20 de março de 2009

Amélie

Em janeiro recebi dois desafios: dizer sim à tudo e reparar nas pequenas coisas. Resolvi aceitar o segundo, essa semana, então aí estão as pequenas coisas bobas que me deixaram feliz esses últimos dias: ir a pé até o subway e comer um melt à malidax sozinha, voltar e ficar conversando no xerox vazio, encontrar o cara legal no ônibus, ver uma joaninha voando, reencontra pessoas na auto escola, conversar sobre design com o cara que conheci na auto escola, conversar com o porteiro na aliança francesa, conseguir um horário bom pras aulas de francês, descobrir um atalho pra voltar da aliança, ver uns caras fazendo malabarismo no coreto da praça da liberdade, ver a fonte ligada e passar por ela enquanto o vento jogava algumas gotas em mim, andar do outro lado da rua e descobrir uma casa antiga e um cartório, conversar na porta do xerox lotado, encontrar a Raissa no ponto de ônibus, receber uma boa notícia por e-mail. :) E descobrir, por acaso, o novo CD do Luísa mandou um beijo:


Stay beautiful, não se esqueçam do que a Sarah disse! *:

domingo, 8 de março de 2009

Não sai...

Eu tinha que inventar alguma desculpa pra te ver mais um pouquinho que fosse, pra ganhar só mais um abraço, pra ver seu número no meu celular ligando pra eu ir pra porta de casa, inventei. Às seis horas da manhã eu olhava sonâmbula o celular, esperando que você me ligasse, esperando poder atender e escuatar "Prima, tô aqui na porta". A palavra saudade já me dá arrepios. Quero você aqui, sentado naquele banquinho em frente ao café de Deus, quero você ao meu lado no ônibus, quero você há quarteirões de distância de mim, não há cidades. Ontem e hoje choveu, você não sai com chuva, por favor, me diz que ainda está aqui. Não, não diz. Eu poderia citar 230 motivos pra não querer você longe de mim, mas não seria capaz de citar um pra que você ficasse. Vai, eu sei que é o melhor.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Dia 25 de agosto de 2007

cheguei horas mais cedo ao show de uma banda da qual não gostava, o GJ e o Guilherme eram uns dos primeiros da fila, que àquela hora estava minúscula. Descemos até a praça, onde alguns fãs fantasiados pintavam os rostos uns dos outros e, claro, queriam fazer o mesmo com o meu. "Não, obrigada, eu tinha que estar em outro show, não aqui." Quando voltamos a fila já estava enorme e, graças a uma semi-conhecida apaixonada por um amigo nosso, entramos mais rápido. Ficamos o máximo que foi possível sentados no chão, aquele lugar que eu não suporto encheu logo e ficou quente, quente, quente. Depois de mais de uma hora de atraso o show finalmente começou. "Sem horas e sem dores, respeitável público pagão! (...) afinal, a má gramática da vida nos põe entre pausas, entre vírgulas e estar entre vírgulas pode ser aposto e eu aposto o oposto que vou cativar a todos." Pelo menos a mim ele cativou. Teatro mágico não é banda de se escutar em qualquer lugar, fora do show, as letras são legais, até, mas algumas carregadas de clichês e pieguismo, e os fãs que idolatram o tal do Fernando bem que mereceram aquela reportagem da veja e todos os artigos que já li por aí criticando-os. Teatro mágico é banda de ir ao show, enquanto se encanta com o que os outros integrantes aprontam no palco, ou em cima do respeitável público pagão, você nem dará muita bola pro Fernando e, quando perceber, estará até dançando e cantando um trecho daquela música baranga. Depois do show talvez você consiga escutar algumas músicas enquanto vai pra algum lugar, mas enjoa, teatro mágico vale pelo show. E um só já está de bom tamanho.