segunda-feira, 2 de março de 2009

Dia 25 de agosto de 2007

cheguei horas mais cedo ao show de uma banda da qual não gostava, o GJ e o Guilherme eram uns dos primeiros da fila, que àquela hora estava minúscula. Descemos até a praça, onde alguns fãs fantasiados pintavam os rostos uns dos outros e, claro, queriam fazer o mesmo com o meu. "Não, obrigada, eu tinha que estar em outro show, não aqui." Quando voltamos a fila já estava enorme e, graças a uma semi-conhecida apaixonada por um amigo nosso, entramos mais rápido. Ficamos o máximo que foi possível sentados no chão, aquele lugar que eu não suporto encheu logo e ficou quente, quente, quente. Depois de mais de uma hora de atraso o show finalmente começou. "Sem horas e sem dores, respeitável público pagão! (...) afinal, a má gramática da vida nos põe entre pausas, entre vírgulas e estar entre vírgulas pode ser aposto e eu aposto o oposto que vou cativar a todos." Pelo menos a mim ele cativou. Teatro mágico não é banda de se escutar em qualquer lugar, fora do show, as letras são legais, até, mas algumas carregadas de clichês e pieguismo, e os fãs que idolatram o tal do Fernando bem que mereceram aquela reportagem da veja e todos os artigos que já li por aí criticando-os. Teatro mágico é banda de ir ao show, enquanto se encanta com o que os outros integrantes aprontam no palco, ou em cima do respeitável público pagão, você nem dará muita bola pro Fernando e, quando perceber, estará até dançando e cantando um trecho daquela música baranga. Depois do show talvez você consiga escutar algumas músicas enquanto vai pra algum lugar, mas enjoa, teatro mágico vale pelo show. E um só já está de bom tamanho.