segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

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Ontem, conversando com uma amiga, percebi que não estou sentindo falta daquele colégio como outubro e novembro demonstravam que seria. Não, eu não quero voltar e reviver tudo aquilo, eu não escolheria ficar lá pra sempre, com aquelas pessoas. Eu consegui exatamente o que eu queria e o futuro não me assusta. Agora sei o que vou fazer da vida nos próximos anos, a incerteza que há algumas semanas me assustava já não existe. Tudo se encaixou como deveria ser.
Não é saudade o que eu sinto. Eu olho as fotos e sorrio. Fico feliz pelo tanto que aprendi nesses últimos três anos, pelo tanto que mudei, pelo que sou hoje. Lembro daqueles momentos bobinhos e fico rindo sozinha. Lembro das pessoas e dá uma vontade enorme de sair correndo e dar um abraço bem grande em algumas. Só preciso de uma coisa: encontrá-las de novo pra me despedir disso tudo. Daqui pra frente é diferente, sei que algumas só encontrarei anos mais tarde na fila do banco, ela grávida com um filho correndo que quando diz "vem ver a amiga da mamãe!", ele pára atrás dela e tenta se esconder agarrado em suas pernas. E eu com a minha carreira. Não consigo me ver mãe dona-de-casa. Os estudos pra mim sempre foram prioridade e devo ser a única que faz dezoito anos sem nunca ter tido um namorado, mesmo que de mentira, só pra falar pras amigas. E apesar das previsões da minha avó de que eu sou daquelas que quando entra na faculdade arruma um namorado com quem vai se casar mais tarde, vejo exatamente o contrário: eu me dedicando ainda mais aos estudos. Não era isso que eu queria e nem condiz com meus planos, mas essa sou eu, totalmente previsível.